Você está aqui: Página Inicial > Contents > Destaques > Projeto de Extensão Retoma Ciclo de Filmes e Debates com Documentário sobre maio de 1968
conteúdo

Notícias

Projeto de Extensão Retoma Ciclo de Filmes e Debates com Documentário sobre maio de 1968

publicado: 24/05/2019 10h09, última modificação: 08/06/2020 19h52

Em sua segunda edição, projeto ligado à UFPB expande atividades para o campus do IFPB (Jaguaribe); primeira sessão apresenta o filme “Morrer aos trinta anos”, em sessão seguida por debate com o professor Fernando Trevas; evento é gratuito e aberto para o público em geral.

O projeto de extensão “Estética, poder e relações interculturais no cinema francófono” inicia sua segunda edição com a exibição do filme “Morrer aos trinta anos” (Mourir à trente ans, França, 1982), de Romain Goupil. Após o suicídio de seu amigo, Michel Récanati, Goupil se interroga acerca de seu passado militante na extrema esquerda da CAL (Comités d’action lycéens). Em meio a imagens de assembleias gerais e manifestações em torno de 1968, o diretor insere documentos íntimos e depoimentos de companheiros que partilharam aquele momento, formando um retrato geracional vencedor da Camera d’Or no Festival de Cannes – concedido a filmes de diretores estreantes. 

Marcada para a próxima quinta-feira, 2 de maio, às 18h, no Auditório José Marques (IFPB), a sessão será seguida por debate com o professor Fernando Trevas, coordenador do curso de Cinema e Audiovisual da UFPB e Mestre em Cinema pela ECA-USP, com a dissertação A Crítica Paraibana e o Cinema Brasileiro – Anos 50/60. A mediação será de André Dib, jornalista, pesquisador, crítico de cinema e mestrando em Comunicação pela UFPB. 

O projeto é uma promoção do GETS – Grupo de Estudos em Estética, Técnica e Sociedade (CNPq e DCS/UFPB) e Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UFPB, em parceria com o IFPB Jaguaribe, a Associação de Professores de Francês da Paraíba – APFPB, a Embaixada da França no Brasil / INSTITUT FRANÇAIS; Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine e o Departamento de Mediações Interculturais da UFPB e com aopio do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFPB. 

MAIO DE 68 – O ciclo de filmes e debates consiste em dez sessões ao longo do ano, sendo que em maio toda a programação será voltada para discussões em torno do Maio de 68 e sua pertinência em temas atuais, com os filmes “Loucuras de uma primavera’’ (Milou em mai, 1990), de Louis Malle, seguido de sessão dupla com “Os Panteras Negras” (Black Panthers, 1968), de Agnès Varda e “Eu, um negro” (Moi, un noir, 1958), de Jean Rouch. 

Além da mostra, o projeto iniciará em maio, no campus da UFPB, um curso em dez módulos que se relacionam com os filmes e leituras afins. A certificação de participação nas duas atividades (mostra de filmes e curso) para membros internos e externos à UFPB e IFPB serão feitas via lista de presença, sem necessidade de inscrição prévia. O certificado só será emitido com o preenchimento do requisito de 70% de frequência.

PROGRAMAÇÃO DE MAIO 

Quinta, 2 de maio, 18h 

Título: Mourir à trente ans / Morrer aos trinta anos  
França, 1982, 95’, pb, 35mm 
Direção: Romain Goupil

Sinopse: Após o suicídio de seu amigo, Michel Récanati, Romain Goupil se interroga acerca de seu passado militante na extrema esquerda da CAL (Comités d’action lycéens). Em meio a imagens de assembleias gerais e manifestações em torno de 1968, o diretor insere documentos íntimos e depoimentos de antigos companheiros que partilharam desse momento. Em forma de filme, Goupil traça o retrato de uma geração. Câmera de Ouro no Festival de Cannes de 1982.

Debatedor: Fernando Trevas Falcone é coordenador do curso de Cinema e Audiovisual da UFPB e Mestre em Cinema pela ECA-USP, com a dissertação A Crítica Paraibana e o Cinema Brasileiro – Anos 50/60. Organizador de Cinema e memória: o super-8 na Paraíba nos anos 1970 e 1980 (Editora da UFPB, 2013). Coordenador do projeto https://cinepbmemoria.com. Participante do Colóquio Internacional de Cinema Documentário com a comunicação Cinema engajado: a temática social como marco da produção paraibana dos anos 60, 70 e 80 (João Pessoa, 2016). Foi redator-chefe da Revista TVA (São Paulo).

Mediador: André Dib – jornalista, pesquisador, crítico de cinema e mestrando em Comunicação pela UFPB.

Quinta, 16 de maio, 18h 

Título: Milou en Mai / Loucuras de uma primavera 
França, 1990, cor, 108′, 35mm 
Direção: Louis Malle 

Sinopse: Em um casarão do sudoeste da França, cercado de vinhedos, a avó acaba de falecer. Estamos em maio de 1968. Apesar das greves, a família virá para o enterro. Milou, o neto da falecida, vai contra o resto da família, que deseja vender a propriedade. Entre conflitos de ideias e gerações, Malle compõe uma visão crítica e bem humorada sobre as ilusões e valores burgueses. 

Debatedora: Miqueli Michetti é professora do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal da Paraíba. Tem doutorado em Sociologia pela UNICAMP, com foco na área de Sociologia da Cultura, e pós-doutorado pela Columbia University of New York;  

Mediador:  A definir.

Quinta, 30 de maio, 18 h 

Título: Black Panthers / Os Panteras Negras
França, 1968, 28′, cor, 35mm 
Direção:AgnèsVarda 

Sinopse: Em homenagem à  pioneira da Nouvelle Vague, AgnèsVarda (1938-2019). No verão de 1968, os Panteras Negras de Oakland (Califórnia) organizaram vários debates de conscientização em torno do processo de um de seus líderes, Huey Newton. Eles queriam – e conseguiram – chamar a atenção dos americanos e mobilizar as consciências durante esse processo político. Neste sentido, deve-se realmente datar este documento: 1968.  

Título: Moi, un noir / Eu, um negro 

França, 1958, 80′, cor, 35mm 

Direção: Jean Rouch 

Sinopse: Uma semana da vida de jovens nigerianos que chegam à capital da Costa do Marfim em busca de trabalho. O herói, que conta sua própria história, se autodenomina Edward G. Robinson, em honra ao ator americano. Da mesma forma, seus amigos escolhem pseudônimos para simbolizar uma personalidade ideal. Eles realizam trabalhos servis como estivadores, carregando sacos e suprimentos úteis para a Europa. À noite, bebem suas mágoas em bares enquanto sonham com vidas idealizadas. Cada dia é introduzido por uma narração de Jean Rouch, considerado o pai da etnoficção. 

Debatedores: A definir; Mediador: A definir