Mês: abril 2016

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Logo após a circense sessão da Câmara dos Deputados, dia 17/04, li postagens de pessoas defensoras do impeachment, se arrogando como “heróis da pátria”, como se tivessem sido responsáveis por aquele ato. Não bastando isso, continuam se arrogando como heróis: “agora vamos Tirar Temer e Cunha”.

Mais uma vez, não enxergam um palmo adiante do seu nariz (ou do seu umbigo), não querendo perceber (ou percebendo até, mas ocultando) os poderosos interesses por trás do que aconteceu, especialmente um interesse maior: parar as investigações da Lava Jato, porque a operação extrapolou as intenções de seus autores de apenas punir um partido: o PT. A Operação transbordou e aí se inclui a mega-corrupção de Eduardo Cunha e o seu séquito de corruptos. O raciocínio dos pretensos “heróis” é: “vamos tirar um a um”. Mas só citam Temer e, sobretudo, Cunha, que faz com que os “heróis” engulam o próprio veneno. Esse é o começo do veneno.

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Convite Debate Golpe

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Professora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos,

Cidadania e Políticas Públicas da UFPB

Nos anos noventa, o educador norte-americano Michael Apple, em um livro intitulado Política Cultural, denunciava a composição de um bloco conservador que vinha assumindo a direção da sociedade em seu país. Este bloco era formado pelas grandes corporações multinacionais, o gerencialismo (os tecnocratas) e certos grupos religiosos.

Pois bem: o golpe dado no dia 17 de abril, contra o governo legítimo de Dilma Rousseff, evidencia que está sob a direção de um bloco muito similar no Brasil.

Quem faz parte do golpe?

  • parte da burguesia, encabeçada pela FIESP;
  • a bancada evangélica (eletrônica), expressa através de Eduardo Cunha;
  • a grande mídia;
  • parte dos segmentos médios urbanos; entre outros.

E… , muito provavelmente, o governo norte-americano.

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