CAVALCANTI, Helenilda; SOUZA, Maria Ângela de Almeida; VÉRAS DE OLIVEIRA, Roberto Veras (Org.) Suape Desenvolvimento em Questão. Impactos do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS): migração, trabalho, condições de moradia, identidade e novas territorialidades. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2018. (Disponível Download)

Este livro tem como objetivo apresentar os resultados de um estudo que se atém aos impactos do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS) sobre o território de sua influência, e trata dos seguintes temas: migração, novas territorialidades, trabalho, condições de moradia, violência, identidade e bem-estar social, realizado no período de 2013 a 2015. O estudo analisa, de modo mais aprofundado, os impactos do CIPS nos dois municípios sobre os quais exerceram influência direta: Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, na perspectiva de dois eixos temáticos: de um lado, os processos migratórios no contexto do acelerado crescimento econômico ocorrido no Território Estratégico de Suape (TES), no período de 2005 a 2010; e, de outro, as relações de trabalho e as condições de moradia na Região, que rebatem sobre as identidades dos migrantes, o bem-estar social, as formas de violência e as novas territorialidades, que naquele território foram sendo instituídas ao longo desse processo. Para esse propósito, construímos uma metodologia de caráter quantitativo e qualitativo composta por um sistema de coleta de informações formado por três principais etapas: uma pesquisa qualitativa de observação antropológica (2013); uma pesquisa de “sondagem” dos domicílios com pelo menos um migrante (2014), aplicada a uma amostra de 5.000 domicílios urbanos nos municípios da área de influência direta do CIPS, tendo como base de dados para a definição da amostra o Censo Demográfico de 2010; e uma pesquisa de campo amostral nos domicílios urbanos com migrantes (2014), tendo como referência esses domicílios identificados pela “sondagem”, da qual foi extraída uma amostra de 804 domicílios assim distribuídos: 385 domicílios com migrantes para o Cabo de Santo Agostinho e 419 para o município de Ipojuca. A investigação foi o fruto e uma cooperação bem edificada entre pesquisadores e professores de diversas áreas do conhecimento da Fundação Joaquim Nabuco, Universidade Federal de Pernambuco/ Observatório de Políticas Públicas e Práticas Socioambientais, Universidade Federal da Paraíba/ Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Políticas Públicas, como ainda de alunos de graduação e de programas de pós-graduação dos programas de mestrado e doutorado em geografia, sociologia e economia, que desenvolvem temas afins sobre a problemática urbana e o desenvolvimento, incluídos nas redes interna e externa da pesquisa.


Se o sistema de exploração na forma efetiva de capital, a forma salarial, está parcialmente em ruínas, não significa o mesmo da centralidade do trabalho, como vaticinaram teóricos e ideólogos pós-modernos – embora agora silenciem face o quase consenso em torno da busca de políticas por mais empregos precarizados, como proposições que ganham praticamente todos os governos do capitalismo tardio e dependente. Quase consenso porque os autores mais críticos e criteriosos, e as práticas experimentadas por incontáveis trabalhadores em diferentes partes do mundo, lembram que a possibilidade de auto-organização dos trabalhadores persiste como renovada. Este é um dos méritos do livro do professor Maurício Sardá de Faria: coloca na ordem do dia a autogestão, o cooperativismo e outras formas de solidariedade, por dentro e para além do capital.

Na última década, o campo da Economia Solidária conquistou um importante espaço social no Brasil, que vem se materializando no crescimento do número de empreendimentos econômicos solidários nos mais diversos setores da produção, comercialização, consumo e finanças baseados na autogestão, na cooperação e na solidariedade. Esta coletânea de artigos é a primeira de um conjunto de dois volumes que compõem parte do material didático utilizado na terceira edição do curso de especialização Gestão Pública e Sociedade, lançado em parceria com a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através de Edital Público do ano de 2010. Voltado à formação de servidores ou gestores públicos e representantes dos movimentos sociais que atuam ou pretendem atuar nas políticas de Economia Solidária, autogestão e cooperativismo, o curso é fruto de uma articulação entre professores da UFT (Universidade Federal do Tocantins) e do Grupo de Análise de Políticas de Inovação da Universidade Estadual de Campinas (Gapi/Unicamp), visando apoiar e fortalecer as ações no campo das políticas públicas de Economia Solidária, autogestão e cooperativismo.


RUGGERI, A. (Org.) ; NOVAES, H. T. (Org.) ; FARIA, Maurício Sardá de (Org.) . Crisis y Autogestion en el Siglo XXI. Buenos Aires / AR: CONTINENTE, 2014. v. 1. 159p. (+ Info Site da Editora)
Este libro y el que lo continúa (Trabajo precario e informal) contienen una selección de trabajos expuestos en el IV Encuentro Internacional “La Economía de los trabajadores”, un espacio de debate entre trabajadores, cooperativistas, movimientos sociales e intelectuales. En dicho Encuentro se debatieron cerca de 100 trabajos provenientes de más de 15 países de América, frica y Europa, algunos de los cuales hemos seleccionado para integrar estos dos libros. Los trabajos reunidos en este volumen tratan de los problemas teóricos y prácticos de la autogestión a nivel global y en los países latinoamericanos, especialmente aquellos donde se han desarrollado las empresas recuperadas o autogestionadas por sus trabajadores.